Instituto Luisa Mell muda nome para “Caramelo”; ativista e ONG trocam acusações

Entidade diz que Luisa “abandonou tudo há meses” e “nunca colocou dinheiro algum no instituto”; ela diz que sofreu golpe no controle da organização e doava seu “tempo, imagem, trabalho e contatos”

O Instituto Luisa Mell anunciou, na noite de sábado (29), que passou a se chamar “Instituto Caramelo”.

Desde então, a ONG e a ativista pelos direitos dos animais travam um embate público e trocam acusações nas redes sociais, que envolvem desde o financiamento da organização até sua estrutura administrativa.

A mudança de nome

A disputa começou com o anúncio do novo nome, que, segundo nota do Instituto, é uma forma de “homenagear o vira-lata caramelo”.

“O Instituto Luisa Mell, agora Instituto Caramelo, foi fundado em 2015 por um grupo de pessoas que já ajudava animais há muito tempo. Esse grupo convidou Luisa Mell para participar, com a premissa de que fosse um serviço totalmente voluntário de todos”, escreveu o comunicado.

A organização afirmou que a adoção do nome da ativista “foi para ajudar o maior número de animais possível, partindo de uma marca conhecida com um trabalho real por trás”.

“Essa mudança vem para despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo. Ela foi fruto de muita conversa, entendimento e planejamento. E toda nossa equipe se mantém, os animais seguem no abrigo e o nosso espaço, que foi cedido e construído com recursos particulares de uma das fundadoras, permanece o mesmo”, acrescentou a nota.

Nos comentários do comunicado, que foi publicado no Instagram, o perfil oficial do Instituto ainda fez a acusação de que “ao contrário do que muitos pensam, a Luísa nunca colocou dinheiro algum no Instituto”.

“Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionar ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto”, afirmou o comentário.

Ativista rebateu acusações

Com a repercussão das acusações e a mudança de nome do instituto, Luisa Mell foi em seu perfil pessoal no Instagram dar sua versão da história diante do que ela chamou de tentativa de desqualificar seu empenho no instituto e “vergonhosa tentativa de usarem deste momento delicado para tentar arranjar um motivo para o golpe que me deram”.

Luisa escreveu que é presidente, fundadora e principal responsável civil e criminalmente pelo instituto.

Em resposta indireta à acusação de que não fez doações para a ONG, ela escreveu: “Doei minha saúde, meu tempo, minha imagem, meu trabalho, meus contatos. Meu ex-marido sempre fez doações. Eu NUNCA tive salário no instituto.”

Ela disse que passou a ser tratada como “inimiga” depois que resolveu se afastar de suas funções “a partir do momento que descobri parcerias feitas em meu nome, sem minha autorização, com condições absurdas. Tendo que ouvir em assembleias extraordinárias que qualquer player poderia me substituir porque eles já tinham estrutura”.

Diante da minha postura de não aturar mais nada que não tivesse minha pré-autorização, visto que usavam meu nome e imagem, fui vítima de um golpe onde mudaram o regime de governança para que eu não pudesse mais decidir nada. Sem poder decidir, nem demitir funcionários, sem nenhum controle sobre gastos, sem nenhum poder de decidir nada, nem os resgates que precisava fazer, como eu poderia continuar pedindo dinheiro para vocês? Espero resolver logo esta questão e continuar de qualquer maneira meu trabalho, minha missão.


Instituto retrucou: “Luisa se coloca como vítima e distorce fatos”

Após o posicionamento público da ativista, o perfil do Instituto mais uma vez se posicionou, na noite deste domingo (30).

“Lamentavelmente, em seu posicionamento, Luísa se coloca como vítima e distorce fatos a seu favor. Pensando unicamente em si, coloca em xeque a idoneidade de todo o trabalho, de dezenas de pessoas, de uma empresa de auditoria externa renomada, fornecedores e parceiros”, escreveu.

“Esquece de dizer que abandonou tudo há meses, deixando os animais para trás, inclusive não divulgando eventos de adoção. Esquece em seu pronunciamento que chegou a dizer ao grupo que iria querer ganhar em todas as parcerias do Instituto e loja – o que não permitimos – e chegou a tentar subtrair doações de produtos para si na frente de funcionários e foi impedida por eles”, acrescentou.

A ONG ainda afirma que a assembleia que decidiu pela mudança de nome “seguiu todo o rito da lei” e a própria Luisa teria votado.

“Não diz ainda que sempre teve acesso a todas as contas e assinou todos os balanços, acesso que foi concedido ao seu advogado há mais de mês, quando a convidamos para fazer, com quem ela quisesse, uma segunda auditoria em tudo”, acrescentou.

De acordo com o comunicado, a entidade irá processar Luisa Mell na Justiça Civil e Criminal “por cada insinuação e acusação para que ela prove na justiça o que afirma ou insinua”.

“Essa mudança vem para despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo. Ela foi fruto de muita conversa, entendimento e planejamento. E toda nossa equipe se mantém, os animais seguem no abrigo e o nosso espaço, que foi cedido e construído com recursos particulares de uma das fundadoras, permanece o mesmo”, acrescentou a nota.

Nos comentários do comunicado, que foi publicado no Instagram, o perfil oficial do Instituto ainda fez a acusação de que “ao contrário do que muitos pensam, a Luísa nunca colocou dinheiro algum no Instituto”.

“Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro das outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionar ao longo desses anos. Vocês podem comprovar isso facilmente solicitando a ela que mostre qualquer depósito dela para o instituto”, afirmou o comentário.

Ativista rebateu acusações

Com a repercussão das acusações e a mudança de nome do instituto, Luisa Mell foi em seu perfil pessoal no Instagram dar sua versão da história diante do que ela chamou de tentativa de desqualificar seu empenho no instituto e “vergonhosa tentativa de usarem deste momento delicado para tentar arranjar um motivo para o golpe que me deram”.

Luisa escreveu que é presidente, fundadora e principal responsável civil e criminalmente pelo instituto.

Em resposta indireta à acusação de que não fez doações para a ONG, ela escreveu: “Doei minha saúde, meu tempo, minha imagem, meu trabalho, meus contatos. Meu ex-marido sempre fez doações. Eu NUNCA tive salário no instituto.”

Ela disse que passou a ser tratada como “inimiga” depois que resolveu se afastar de suas funções “a partir do momento que descobri parcerias feitas em meu nome, sem minha autorização, com condições absurdas. Tendo que ouvir em assembleias extraordinárias que qualquer player poderia me substituir porque eles já tinham estrutura”.

Diante da minha postura de não aturar mais nada que não tivesse minha pré-autorização, visto que usavam meu nome e imagem, fui vítima de um golpe onde mudaram o regime de governança para que eu não pudesse mais decidir nada. Sem poder decidir, nem demitir funcionários, sem nenhum controle sobre gastos, sem nenhum poder de decidir nada, nem os resgates que precisava fazer, como eu poderia continuar pedindo dinheiro para vocês? Espero resolver logo esta questão e continuar de qualquer maneira meu trabalho, minha missão.

Luisa Mell

Instituto retrucou: “Luisa se coloca como vítima e distorce fatos”

Após o posicionamento público da ativista, o perfil do Instituto mais uma vez se posicionou, na noite deste domingo (30).

“Lamentavelmente, em seu posicionamento, Luísa se coloca como vítima e distorce fatos a seu favor. Pensando unicamente em si, coloca em xeque a idoneidade de todo o trabalho, de dezenas de pessoas, de uma empresa de auditoria externa renomada, fornecedores e parceiros”, escreveu.

“Esquece de dizer que abandonou tudo há meses, deixando os animais para trás, inclusive não divulgando eventos de adoção. Esquece em seu pronunciamento que chegou a dizer ao grupo que iria querer ganhar em todas as parcerias do Instituto e loja – o que não permitimos – e chegou a tentar subtrair doações de produtos para si na frente de funcionários e foi impedida por eles”, acrescentou.

A ONG ainda afirma que a assembleia que decidiu pela mudança de nome “seguiu todo o rito da lei” e a própria Luisa teria votado.

“Não diz ainda que sempre teve acesso a todas as contas e assinou todos os balanços, acesso que foi concedido ao seu advogado há mais de mês, quando a convidamos para fazer, com quem ela quisesse, uma segunda auditoria em tudo”, acrescentou.

De acordo com o comunicado, a entidade irá processar Luisa Mell na Justiça Civil e Criminal “por cada insinuação e acusação para que ela prove na justiça o que afirma ou insinua”.


Fonte: CNN